quinta-feira, 13 de outubro de 2011

P.E.I.

    Me lembro de uma vez ter ido a um clube famoso de São Paulo numa quarta-feira a tarde por conta de uma investigação para o trabalho. Na ocasião fiquei me perguntando o que diabos aquele bando de pessoas que enchiam as beiradas das piscinas fazia da vida para poder estar aquela hora do dia bronzeando o corpitcho de papo pro ar. É... Naquela época eu jamais poderia imaginar que um dia eu também seria parte da População Economicamente Inativa.
     Preciso confessar que no início de toda a nossa mudança essa perspectiva me causou extremo pânico e ainda hoje não tenho pleno conforto em pensar que não trago nenhum sustento para a casa, como sempre tive como determinação na minha cabeça. Porém, aos poucos, meus preconceitos começam a ruir, as coisas vão tomando o seu tamanho real e começo a entender que nada na vida é tão determinado e definitivo assim. 
    Me deparo agora com uma vida de glamour infinitamente menor do que o das pessoas que nadam nas piscinas do Paulistano e, diferentemente do que eu pensava, tenho muito onde ir, o que fazer, pensar e aprender. O tempo é uma dádiva da qual não nos damos conta e que ajuda imensamente a  entender o profundo dos nossos valores e o que nos realiza como seres humanos. 
     O que tenho encontrado na vida de PEI são "Is" muito diferentes da expressão "original". Encontrei  Interesse. Introspecção. Inspiração. Identidade. Imaginação. Inventividade. Intangibilidade. Ilusão....  Encontrei o improvável.


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